Ministério da Cultura apresenta

14ᵃ Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo

Arquiteturas para
um Mundo Quente

18 set a 19 out de 2025
Terça a domingo, das 10h às 20h
Oca, Pq. Ibirapuera, São Paulo - SP
Programação gratuita

Ministério da Cultura apresenta

14ᵃ Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo

Arquiteturas para
um Mundo Quente

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18 set a 19 out de 2025
Ter a dom, das 10h às 20h
Oca, Pq. Ibirapuera
São Paulo - SP
Programação gratuita

A 14ᵃ Bienal

A 14ᵃ Bienal

Vivemos em um mundo de eventos climáticos extremos e o limite para a vida humana, o ponto de não retorno, nos espreita no horizonte. Se a arquitetura tem parte na produção dos extremos do clima, do uso de recursos e da injustiça climática, qual é o papel da arquitetura para reverter esse cenário? Enfrentar problemas extremos demanda soluções também extremas, radicais. Elas podem estar na ponta da ciência e da tecnologia. Ou podem estar no outro extremo, nas margens: nas respostas que emergem nas periferias das cidades ou nos saberes tradicionais conservados nas aldeias, nos quilombos.

Propostas produzidas no interior dessas diferentes formas de conhecimento, bem como pelo diálogo, fricção e aprendizado mútuo entre elas, propõem novos caminhos para enfrentar o aquecimento global e adaptar o habitat humano aos extremos climáticos com que já convivemos. Após uma década de edições descentralizadas, em 2025 a 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo retornará ao parque Ibirapuera, sua sede histórica, para reunir, na Oca, um conjunto dessas respostas produzidas no campo da arquitetura em diferentes partes do planeta. Outra aposta desta edição da BIAsp, um dos fóruns mais importantes de discussão dos desafios emergentes da arquitetura e do urbanismo, são as experimentações construtivas e de produção de soluções espaciais in loco.

Cinco eixos pautarão projetos, experiências, experimentos e discussões de transformação desse cenário que mirem a produção de cidades mais resistentes e resilientes, pois adaptadas aos extremos do clima e preparadas para retomar a vida após os desastres.

O primeiro eixo, Preservar as florestas e reflorestar as cidades, sugere a incorporação radical da biodiversidade como forma tanto de reverter o aquecimento global, ao capturar carbono da atmosfera, como de criar microclimas que atenuem ondas de calor.

O segundo eixo, Conviver com as águas, reunirá experiências de renaturalização de córregos e de Soluções Baseadas na Natureza para estabilizar encostas, recuperar margens, trabalhando a favor do ciclo da água.

O eixo Reformar mais e construir verde vai abordar o reuso adaptativo de construções obsoletas e a adoção de sistemas construtivos sustentáveis com baixo carbono, para enfrentar o desafio da redução das emissões de Gases de Efeito Estufa envolvidas na construção e uso das edificações.

Por sua vez, o eixo Circular e acessar juntos com energias renováveis tratará das possibilidades do planejamento urbano e das redes de mobilidade para reduzir a necessidade de deslocamentos individuais e estimular a modalidade ativa, considerando também a transição energética nos transportes coletivos.

Finalmente, o eixo Garantir a justiça climática e a habitação social dará centralidade à desproporcional vulnerabilidade das populações mais pobres (frequentemente racializadas e com presença marcante de mulheres e crianças) aos eventos climáticos extremos, grupo social que historicamente menos colaborou com o aquecimento global, mas que habita as áreas de maior risco: assentamentos em condições precárias, muitas vezes situados em encostas e várzeas.

Para construir a 14ª BIAsp, convidamos a sociedade a apresentar e desenvolver propostas concretas que unam os avanços da ciência do clima aos saberes ancestrais, combinando as novas tecnologias socioambientais a práticas e materiais tradicionais. Propostas que juntas nos ajudem a entender de quais arquiteturas precisamos para habitar um mundo além dos extremos.

Comitê curatorial

Comitê curatorial

A curadoria da 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo está a cargo do Comitê Curatorial, formado por seis profissionais de diversas regiões do Brasil, cujas trajetórias abrangem arquitetura, urbanismo, pedagogia, pesquisa acadêmica, ativismo social e produção cultural. Esse grupo é acompanhado pelos Curadores de Atividades, responsáveis pela programação de eventos específicos dentro da Bienal, incluindo a Mostra de Cinema, o Fórum de Debates, as Construções Experimentais, os Laboratórios e o Concurso de Escolas. Juntos, eles estruturam uma Bienal que busca ampliar o diálogo entre arquitetura, território e sociedade.

Renato Anelli

Renato Anelli

Curador e diretor de cultura do IABsp

Arquiteto e urbanista, mestre em História pela Unicamp e doutor pela FAUUSP. Obteve o título de livre-docente e professor titular na EESC-USP, onde lecionou de 1986 a 2021. Pesquisador do CNPq desde 2005, é professor da FAU Mackenzie desde 2021. Atuou no IAB São Carlos e nas Bienais de Arquitetura de SP. Vice-presidente do Instituto Bardi Casa de Vidro, coordenou importantes projetos de gestão e conservação. Foi secretário de obras de São Carlos e professor visitante na Columbia University. É diretor de cultura do IABsp.

Karina de Souza

Karina de Souza

Curadora e coordenadora de produção do IABsp

Arquiteta e urbanista formada pela FAUUSP e mestranda na mesma instituição. Tem pós-graduação em Gestão Cultural, pelo Senac, e no curso Cidades em Disputa, pela Escola da Cidade. Coordenou a 13ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo e o projeto Restaura! Comida e Escola no Instituto Tomie Ohtake. Atualmente, é coordenadora de produção do IABsp, curadora da 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo e produtora cultural independente pela Pauliceia Arte, Cultura e Design.

Marcos Cereto

Marcos Cereto

Curador e Vice Presidente do IAB Nacional – Região Norte

Arquiteto e urbanista, mestre e doutor pelo PROPAR/UFRGS, pesquisador e professor na UFAM. Fundou o Núcleo Arquitetura Moderna na Amazônia (NAMA) e foi premiado pelo IAB Centenário em 2022. Editou a revista Amazônia Moderna (2017-2023) e é editor da revista do Docomomo Brasil. Curou exposições de arquitetura contemporânea na Amazônia, Paris e Seul. Vice-presidente da Região Norte do IAB, Cereto se destaca na promoção da arquitetura moderna amazônica, tema sobre o qual tem realizado diversas conferências no Brasil e no exterior.

Clevio Rabelo

Clevio Rabelo

Arquiteto, doutor em História da Arquitetura pela FAUUSP e professor de Projeto Arquitetônico na UFC. Coordena a extensão Casa-Embrião na Ocupação Carlos Marighella e diversas ações formativas na universidade. Foi júri do 9º Prêmio Tomie Ohtake AkzoNobel e do Concurso do Complexo Cultural, Social e Esportivo da Liga Solidária em São Paulo. Coordena o Arquitetura Bicha, coletivo que pesquisa projetos e representações de arquiteturas feitas por pessoas LGBTQIA+.

Marcella Arruda

Marcella Arruda

Arquiteta, urbanista e pesquisadora, mestre pelo PROURB-UFRJ, atua desde 2011 em comunidades de aprendizagem, redes e projetos socialmente justos e ecologicamente regenerativos. Presidente do Instituto A Cidade Precisa de Você e cofundadora da Rede Brasileira de Urbanismo Colaborativo. Participou e fez a curadoria de diversos encontros e eventos internacionais como Urban 20, UN Habitat Innovate 4 Cities, Smart City LATAM, World Bank Forum Resilient Public Spaces, Venice Architecture Biennale, EASA, FIIU Festival Internacional de Intervenções Urbanas, Placemaking LATAM, Bienal de Arquitectura y Urbanismo de Chile, We Make the CIty Festival, Bienal de Arquitetura São Paulo, Mostra Ecofalante, Festival Internacional de Cinema Ambiental FICA, Virada Sustentável.

Jerá Guarani

Jerá Guarani

Líder indígena e ativista da etnia Guarani Mbya, dedicada à preservação da cultura, língua e direitos de seu povo. Cresceu na aldeia Tenondé Porã, localizada na região metropolitana de São Paulo, onde desde jovem se destacou como uma voz ativa em prol da educação indígena e da valorização das tradições culturais de sua comunidade. Tem atuado em diversas frentes, incluindo a luta pela demarcação de terras indígenas, a defesa dos direitos ambientais e o fortalecimento das identidades indígenas nas áreas urbanas.

Cláudia Costa Cabral

Cláudia Costa Cabral

Arquiteta nascida em Porto Alegre, é doutora pela Universitat Politècnica de Catalunya. Professora titular na UFRGS, coordenou o PROPAR-UFRGS e lidera o Grupo de Pesquisa Estudos de Arquitetura Moderna Latino-Americana. Membro de vários comitês científicos e revisora ad hoc, é autora de diversas publicações sobre arquitetura moderna e urbanismo na América Latina, sendo uma referência acadêmica na área.

Marcelo Morettin

Marcelo Morettin

Arquiteto formado pela USP, mestre e doutorando pela Mackenzie, fundou o escritório Andrade Morettin Arquitetos Associados. Ganhou prêmios como o Prêmio Tomie Ohtake AkzoNobel e foi finalista do Mies Crown Hall Americas Prize. Destacam-se projetos como a sede do Instituto Moreira Salles e a Beacon School. Professor na FAU-Mackenzie, ministrou palestras no Brasil e exterior e tem significativa contribuição acadêmica.

Lucas Fehr

Lucas Fehr

Arquiteto Urbanista (USP, 1987), Mestre (1999) e Doutor (2010) pela mesma instituição. Desde 2016, coordena o curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, onde é professor e pesquisador nos grupos “Teoria-Projeto: Cultura-Sociedade” e “Sistemas Construtivos na Arquitetura Contemporânea”. Coordenou o Mosaico – Escritório Modelo de Arquitetura (2005-2016). Participou das últimas edições da Bienal Panamericana de Quito e foi jurado do Prêmio Medalla de Oro. Sócio do Estúdio América de Arquitetura, é coautor de projetos premiados, como o Teatro Castro Alves e o Museo de La Memoria y los Derechos Humanos.

Naia Alban Suarez

Naia Alban Suarez

Arquiteta formada pela UFBA, doutora pela ETSAM e pós-doutora pela mesma instituição. Professora na UFBA, coordena projetos na Superintendência de Meio Ambiente e Infraestrutura. Colíder de pesquisa em arquitetura e membro do Comitê Executivo da Rede PHI Internacional. Vencedora do 9º Prêmio Arquitetura Tomie Ohtake AkzoNobel, contribuiu para a preservação do patrimônio histórico e é reconhecida por seus projetos e publicações.

Nivaldo Andrade

Nivaldo Andrade

Arquiteto e urbanista, é mestre e doutor pela UFBA. Professor na UFBA e vice-presidente da UIA para as Américas. Bolsista do CNPq, integra conselhos do IPHAN e ICOMOS Brasil. Coautor de projetos premiados, como a Casa do Carnaval e a restauração do Terreiro de Jesus, em Salvador. Foi presidente do IAB e tem vasta produção acadêmica e participação em júris de concursos e premiações internacionais.

Rafael Blas

Rafael Blas

Arquiteto e diretor de arte, com 20 anos no mercado audiovisual. Doutorando e mestre em arquitetura, assina produções para plataformas como Netflix e HBO. Coordena e leciona em cursos de pós-graduação e bacharelado no Senac, Belas Artes e UEL. Desde 2023, é curador no CINECUBO IABsp. Suas pesquisas enfocam a interseção entre arquitetura, modernidade e ambientes cinematográficos.

Onde:

Oca e Ibirapuera

Onde:
Oca e Ibirapuera

A 14ª BIAsp retorna em 2025 ao Parque Ibirapuera, sua sede histórica, após uma década de edições descentralizadas, com o objetivo de reunir esforços acadêmicos, tecnológicos e sociais para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.

A programação estará concentrada no Pavilhão da Oca e seus arredores. Projetada por Oscar Niemeyer para as comemorações do IV Centenário de São Paulo em 1954, a Oca é um dos marcos arquitetônicos do parque, integrando um conjunto de edifícios distribuídos ao redor da Marquise, como o Auditório Ibirapuera, o Pavilhão da Bienal, o Pavilhão das Culturas Brasileiras, o Museu Afro Brasil e o Museu de Arte Moderna.

Parque Ibirapuera
Av. Pedro Álvares Cabral, s/n – Portão 2.
Moema, São Paulo, SP

A)

Oca

Exposição e Fórum de Debates

B)

UMAPAZ e Viveiro Manequinho Lopes

Oficinas

C)

Cinemateca Brasileira

Mostra Cinema, arquitetura e sociedade

D)

MAC - Museu de Arte Contemporânea

E)

Pavilhão Japonês

Participe da programação de debates, oficinas e atividades associadas!

HOJE (04.10)

04.10 | 16h - A Paisagem, a Geografia e os Pássaros Refugiados. Leitura-Performática de Gian Gigi Spina

04.10 | 17h - Roda de conversa com Instituto Cambará e visita guiada

04.10 | 18h - Filme: Quando o Brasil era moderno

NOS PRÓXIMOS DIAS (05 a 08.10)

05.10 | 9h - oficina Água invisível, cidade dividida: diálogos e propostas para as Bacias Água Preta e Sumaré

05.10 | 10h - atividade Território do Rio Bixiga refloresta canudos na Horta Denuzia

05.10 | 14h - mesa  Agriculturas Urbanas: a circularidade do alimento na cidade

05.10 | 14h30 - atividade Por aqui passa o Córrego do Sapateiro – um percurso da nascente à Bienal

05.10 | 18h - mesa Ciclos da construção e desconstrução: o design circular

06.10 | 14h - oficina Soluções Baseadas na Natureza para a resiliência das cidades

06.10 | 19h -  Abertura no IABsp do Fórum SP 25

07.10 a 09.10 | 9h - oficina Arquitetos e engenheiros face aos desafios climáticos

07.10 | 14h – Fórum SP 25 Sessão Temática 1. Patrimônio ambiental, mudanças climáticas e políticas públicas

07.10 | 15h - oficina Soluções Baseadas na Natureza para a resiliência das cidades

07.10 | 15h - Mini-oficinas de Biomateriais no Lab Vivo

07.10 | 16h – Fórum SP 25 Sessão Temática 2. Conviver com as águas, adaptar as infraestruturas e ressignificar os resíduos

07.10 | 17h - Mini-oficinas de Biomateriais no Lab Vivo

07.10 | 18h – Fórum SP 25 Painel 1: Meio Ambiente, Infraestruturas e Riscos Urbanos

07.10 | Visita guiada Ação Pantanal

08.10 | 14h - Fórum SP 25 Sessão Temática 3. Reabilitar o patrimônio arquitetônico e urbano, valorizar as preexistências e construir verde

08.10 | 16h - Fórum SP 25 Sessão Temática 4. Circular e acessar juntos uma cidade sustentável

08.10 | 16h30 - Economia Circular: a matéria-prima Lynx no Lab Vivo

08.10 | 17h30 - sessão 6 da mostra Cinema, arquitetura e sociedade: registros de um mundo quente na Cinemateca

08.10 | 18h30 - Fórum SP 25 Painel 2: Produção da Cidade, Mobilidade e Patrimônio

PARTICIPE! É TUDO GRATUITO!

E tem muito mais até 19 de outubro!

(Atividades e projetos ainda estão em processo de inclusão; em breve o site estará completo)

NOTA DE PESAR

Em profundo pesar, o Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento de São Paulo (IABsp) lamenta o falecimento do arquiteto e paisagista Kongjian Yu, uma referência global em urbanismo ecológico, e dos membros de sua equipe que o acompanhavam, tragicamente vitimados durante a gravação de um documentário. O instituto destaca a honra de tê-lo tido como participante na 14ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, onde sua visão transformadora fortaleceu o diálogo entre desafios globais e realidades locais. O IABsp ressalta que a contribuição de Yu, que transcende fronteiras, permanecerá como inspiração para gerações e expressa suas condolências à China, aos familiares de todos os falecidos, amigos e a todos os impactados por seu gênio e dedicação. Leia a nota completa aqui.